Sou leitor assíduo da revista Piauí. A deste mês de julho/14 traz o artigo "O Rei e o Esporte-Rei", um texto extenso de Germán Labrador Méndez, espanhol, professor de literatura em Princeton. Nele, o autor faz paralelos entre o sucesso da seleção espanhola a partir de 2008 e a decadência da Espanha no mesmo período, culminando com a participação melancólica do time na Copa das Copas. Simplificando: uma cortina de futebol para esconder os males do nosso país.
Esmiuçar a notícia, ler as entrelinhas, iluminar o obscuro. Revelar as intenções da mídia, de políticos e de outros de vida pública, para iludir incautos em proveito próprio. Expor a hipocrisia que nos cerca e envolve, nos cega e conduz, e nos ajuda a tocar a vida de um jeito "me engana que eu gosto".
quinta-feira, julho 10, 2014
quarta-feira, junho 04, 2014
A PERCEPÇÃO DA INCOMPETÊNCIA GENERALIZADA
Levamos 12 anos para descobrir um óbvio ululante, diria Nelson Rodrigues. Talvez não tão óbvio assim, me atrevo dizer. Penso que não esperávamos pelo projeto petista de poder, pelo menos não na dimensão que o mensalão, tal como um bisturi a abrir um corpo em busca das entranhas, expôs as vísceras de um corporativismo levado a um grau não imaginado por nós, os crédulos.
Vejo hoje um Lula como refém de uma máquina que o engoliu como sobremesa. Veja a expressão dele ouvindo a opinião da Chauí sobre a classe média e provavelmente você irá concordar comigo. Quando o elegemos, nossas intenções eram as de buscar uma alternativa para um capitalismo globalizado que perdera totalmente o sentido de ética. Queríamos uma ideia nova e, na falta de qualquer outra, fomos de Lula.
terça-feira, maio 06, 2014
ESTUPIDEZ IDEOLÓGICA
Há um mês, conservo em banho-maria a mensagem de um amigo me
passando um link para um vídeo sob o título desta postagem. Há um mês venho
remoendo se deveria ou não repassá-lo, tamanha é a repulsa ao discurso de uma
professora da USP e auto-titulada historiadora de filosofia. Envergonhou a mim
e, tenho absoluta certeza, envergonhará a totalidade dos cidadãos brasileiros,
que uma professora de nossa maior e mais renomada universidade, se apresente a
seus alunos com este discurso. Foi, portanto, esta vergonha que me fez pensar
30 dias se deveria ou não dar divulgação a isto.
Hoje, finalmente, decidi por divulgar
porque entendo que precisamos saber exatamente com quem estamos lidando (preste
atenção em quem está no palco). Atentem para o fato de que tal figura é
expoente do pensamento marxista praticado pelo petismo que hoje já está entranhado em grande parte da
iniciativa privada (principalmente na mídia) e na máquina pública (em todas as
áreas e níveis). Eí-lo.
terça-feira, abril 22, 2014
ALICERCES DA CORRUPÇÃO - PARTE V
A hipocrisia em política é o recurso que permite ao incompetente resolver, por imposição legal (!!!), problemas que se deixados à sociedade, seriam resolvidos no curso natural das coisas. Alguns exemplos.
O auxílio-reclusão, apropriadamente apelidado de bolsa-bandido, é uma hipocrisia que dá um prêmio a quem rouba, mata, trafica, estupra etc. Aconselho ver este vídeo-depoimento: Sargento Fahur
O regime de cotas é uma interpretação enviesada do que manda o Artigo 5º da constituição, que prevê que "todos são iguais perante a lei, sem distinção de qualquer natureza". Pelo regime de cotas, existe uma parcela da população que é "mais igual" do que as demais.
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sexta-feira, abril 04, 2014
ALICERCES DA CORRUPÇÃO - PARTE IV
Chegamos ao ponto. Quando eu entro na casa de alguém, a primeira coisa com o que me preocupo é observar para apreender as regras, o modus vivendi das pessoas que a habitam. O motivo é simples: eu estou no ambiente delas e é às regras, normas, costumes delas é que eu devo me submeter se desejar ali permanecer. Do contrário, caio fora o mais rápido.
Ao longo de meus anos como dirigente, me deparei com alguns novos funcionários que "esqueceram" deste pequeno detalhe nos primeiros dias. Mal chegavam e já começavam a "ter ideias" e a criticar as situações que encontravam. Na primeira oportunidade, eu chamava para uma conversa e lembrava ao incauto que, antes dele abrir a boca, deveria observar bastante, pensar sobre o por quê as coisas que ele via eram daquele jeito e, não encontrando uma resposta que o satisfizesse, perguntasse ao seu colega mais próximo. Eu fazia questão de dizer algo mais ou menos assim: "Não somos um bando de idiotas (até pode ter um ou outro), se as coisas são do jeito que são, é porque existe um passado e um presente que justificam elas serem assim. Portanto, estamos abertos a novas ideias e até mesmo a críticas, mas antes de fazê-las aprenda como nós somos."
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