quinta-feira, fevereiro 25, 2021

O NEGACIONISMO ELEVADO À POTÊNCIA DA INSANIDADE!

 

“Nada é tão ruim que não possa ficar pior.”

Ditado popular.

Tenho, como muitos, procurado entender como se desenvolveu e se estabeleceu entre nós uma visão da humanidade que parte do princípio de que há humanos mais “evoluídos”, mais bem dotados intelectualmente que outros, os "ungidos", e que tal constatação lhes dá o direito de, mais que gerenciar os demais, estabelecer e impor um modelo de comportamentos morais e éticos que todos nós, os "ignorantes tolos", devemos obrigatoriamente adotar como prática de vida sob pena de condenação pública, agora via redes sociais.

Se parasse por aí, pouco ou nada estariam fazendo mais que tantos imperadores, senhores feudais, a Igreja e ditadores psicopatas já fizeram ao longo da história de nossa civilização. Antes do hoje, as razões eram encontradas apenas no âmbito das relações de poder, ou seja, quem o tinha, mandava, os demais obedeciam ou eram executados. Não importava muito como você tocasse sua vida desde que pagasse os extorsivos impostos e se curvasse frente ao déspota da vez. O jeito de se conduzir, seus valores, crenças e desejos, desde que limitados à sua vida particular, eram um problema seu, não do governante, não desta entidade mais recente de organização do poder, o Estado-Nação.

Agora a coisa é mais complicada, pois o que observo é um “desvio cognitivo” dos integrantes da intelligentsia “progressista”, como alguém já identificou. É a única explicação para as insanidades que nos são mostradas nas plataformas de redes sociais, produzidas tanto pelos "insanos" quanto pelos que a isso oferecem resistência. Existem dois desses vídeos que já podemos propagar como piece de resistance  e oposição ao que vem sendo praticado por “educadores” em salas de aula pelo mundo, mas pelo Brasil em particular, desde o nível fundamental até a pós graduação. Tais indivíduos-robôs são braços armados de um exército de robôs ideológicos repetidores de conceitos como "nova ordem social", um great reset mundial, ideologia de gênero, e controle populacional, tudo saído da cabeça doentia de velhos senis mas detentores das maiores fortunas do planeta e tudo por eles financiado. Falam em “desconstruir” os valores conservadores quando estão, na verdade, querendo dizer DESTRUIR a família, a integridade emocional de nossos filhos e netos - muitos não conseguirão se reconstruírem ao chegar à vida adulta -, e criar uma classe de humanos de quinta categoria, desimportantes para a nova sociedade globalista, e, portanto, passíveis de eliminação.

Damares Alves
Andréa Barcelos

Não preciso me alongar, basta assistir a dois vídeos. O primeiro, é o vídeo desta palestra da Ministra Damares Alves em 24 de abril de 2018 que tem 59 minutos e que mostra o que está acontecendo em nossas escolas. O segundo, é este vídeo, com duração de 1 hora, da palestra da juíza de Direito Dra. Andréa Barcelos, datado no Youtube como sendo de 23/11/2016, que nos dá uma clara ideia deste processo de corrosão de valores que, na surdina, nas entranhas da ONU, principalmente, já dura mais de um século, mas que a digitrônica forçou sua exposição em toda a sua sordidez. Se você preferir, fiz esta edição do vídeo com 23 minutos com o que achei essencial para você saber. Apenas chamo sua atenção para o fato de que este negacionismo da natureza humana elevado à potência de uma insanidade além da psicopatia, dá continuidade a um processo de transferência do pátrio poder para as mãos do Estado. Em Admirável Mundo Novo, Huxley nos mostra o que vem depois: a espécie humana constituída de seres eugenicamente selecionados.

Só há uma alternativa para os de mente sana: dizer e gritar NÃO, e propagar incansavelmente, não só nas redes sociais, mas na família, e em todas as oportunidades que cada um tiver de relacionamento, que cada ser humano, por ser imperfeito, é único, e que este é o princípio genético repetido em todo ser vivo no planeta, pois a árvore que não tem duas folhas iguais, é admirável em seu conjunto de imperfeições e esplendorosa, perfeita e plena em sua existência no planeta Terra.




quinta-feira, fevereiro 18, 2021

A RUPTURA E O MURO

“A democracia NÃO é um sistema feito para garantir que os melhores sejam eleitos, 

mas para impedir que os ruins fiquem para sempre.”

Margareth Thatcher


A quem está perplexo com a arbitrária e inconstitucional prisão do deputado Daniel Silveira, o "Chulo", sinto dizer que mais vem por aí, porque nada é tão ruim que não possa piorar. Para quem pensa que há alguma justificativa, algum respaldo, para um ministro do Supremo Tribunal Federal determinar a prisão de um político eleito no exercício de seu mandato, relembro algumas passagens da atual tão rasgada e vilipendiada Constituição Brasileira.

A primeira agressão da medida esdrúxula à nossa cartilha maior se dá no artigo 53 que reza, sem deixar qualquer dúvida interpretativa, que “Deputados e Senadores são invioláveis, civil e penalmente, por quaisquer de suas opiniões, palavras e votos”. Deixa ainda mais claro no parágrafo 2º que esta norma é para ser respeitada “desde a expedição do diploma”, impedindo que “os membros do Congresso Nacional” possam ser presos, “salvo em flagrante de crime inafiançável”.

Ôpa, então há uma brecha aí? Vejamos o que diz a alínea XLIV do artigo 5º: “constitui crime inafiançável e imprescritível a ação de grupos armados, civis ou militares, contra a ordem constitucional e o Estado Democrático”. Daniel Silveira agiu sozinho, não falou em nome de nenhum grupo, armado ou desarmado, nem fez nada mais do que propor uma reformulação do Supremo, a começar pelo processo de escolha de ministros do Supremo e de suas restritas funções.

Podemos seguir, portanto. O artigo 220 garante a todo cidadão brasileiro, ou seja, ninguém precisa ser político eleito para estar sob a guarda do que ele prescreve, garante que “a manifestação do pensamento, a criação, a expressão e a informação, sob qualquer forma, processo ou veículo não sofrerão qualquer restrição, observado o disposto nesta Constituição.

Isto devidamente relembrado e ressaltado, faço aquela que sempre é a pergunta incômoda proposta por Drumond: e agora, Arthur? O que podemos esperar de você mal chegado à presidência da Câmara? Lembro-vos de que Bolsonaro cometeu seu maior erro ao ceder à arbitrariedade do STF quando tinha a Constituição inegavelmente a seu favor no caso da nomeação do Diretor da Polícia Federal. Acovardou-se. Deu no que deu. Aguardemos.

Allan dos Santos



Oswaldo Eustáquio

Discordo frontalmente da argumentação que alguns jornalistas e pensadores do espectro conservador estão usando para questionar as decisões de nossos ungidos e arrogantes "supremos" juízes. Qual seja o de que personagens do espectro “progressista” podem, por exemplo, pedir “a morte do Presidente” sem que sejam enquadrados na Lei de Segurança Nacional. Ou que acusados de crimes políticos tenham sido liberados da cadeia para cumprir uma prisão domiciliar meia-boca.  Ou que um acusado em 2ª instância tenha tido o passaporte liberado para passar férias em Cuba. Tudo isto é fato, mas também é torcida para que nossos adversários também sejam "premiados" da mesma maneira e nos venham fazer companhia na cela, acreditando que com isto ganharemos a liberdade!!! O único resultado será cadeia superlotada, não mais que isso. Não é portanto, argumento para rechaçar as prisões arbitrárias, ilegais, inconstitucionais, truculentas, de jornalistas e deputados por

Roberto Jefferson

manifestarem sua opinião sobre o modus operandi atual do STF. Este deve ser o aspecto a ser avaliado e julgado por todos, políticos, mídia, influenciadores em redes sociais e o cidadão que deseja uma justiça cega, mas ouvidos atentos aos autos dos processos e subordinada à aplicação das leis.


É preciso que aceitemos que, principalmente, os 4 ou 5 ministros que controlam o STF não se importam com o país. Agem, hoje mais que nunca, em causa própria e levam os demais na descida desembestada ladeira abaixo. Eles, periodicamente, testam a sociedade provocando tensões para ver a reação. Não havendo, a próxima será um tom acima. Claramente buscam uma ruptura. Entre outras táticas, usam, como neste caso, manifestações verborrágicas de baixo calão, idiotas, com certeza, mas legalmente garantidas, como vimos acima, para ameaçar todo aquele que se encorajar a chegar perto e tentar ultrapassar a muralha que os protege do perigo da sociedade vir a conhecer as entranhas do que acontece no dia-a-dia de suas decisões e descobrir o mau cheiro que as infesta.

Há quem esteja questionando quem pode parar a interferência de um Poder da República sobre outro. Muito simples, é aquele Poder, alvo da interferência, que toma a firme reação de não aceitá-la. Quando Rodrigo Pacheco se manifesta tergiversando mineiramente sobre uma ação que, mais uma vez, rasga a Constituição, mais do que aceitar o acordo espúrio de proteção recíproca que vigora "informalmente" entre Senado e Supremo, está validando e incentivando a escalada de tais procedimentos. 

Não nos iludamos, o “Poder” tem razões que a vã filosofia de nós, simples “governados”, desconhece. Mas estão esticando a corda, e quanto mais esticada, mais próxima de romper está, e mais drásticos serão os danos quando isso acontecer.

Em síntese, no Poder, a mensagem da ação visa iludir o coletivo, porque a causa é própria: proteger a própria pele.

E sem o predomínio da legalidade...


Enquanto isso me preparo para ir às ruas liberar meu grito: basta!

Para complementar, assista este vídeo editado do programa "3 em 1" da Jovem Pan:

E como cereja do bolo, esta edição muito boa que recebi de um amigo.




domingo, fevereiro 14, 2021

SUGESTÃO DE LEITURA: Os Intelectuais e a Sociedade

Hoje faço apenas uma indicação de leitura.

Uma questão que tem me aporrinhado as ideias é a de encontrar uma explicação para o radicalismo negacionista que uma significativa parte dos influenciadores do pensamento dos povos ocidentais (não sei o que acontece na outra metade do globo) e manipuladores da tal "opinião pública" vem adotando, particularmente depois do ganho em repercussão e barulho ampliados pelas redes sociais que passaram a ter relevância no dia-a-dia de todos nós.

A pergunta primeira e principal que me faço é: o que embota a mente de tantas pessoas a ponto de defenderem radicalmente uma “solução” para a humanidade que tem como base de sustentação a negação das características básicas do ser humano, inclusive as evidentes características biológicas e as diferenças nas individualidades psíquicas que elas provocam?

Evidentemente vim sentindo certa angústia por não encontrar uma resposta minimamente razoável, dado que não detenho o conjunto de conhecimento necessário. Mas tal busca me trouxe algum resultado, resultado este que venho compartilhar com você que me lê.

Acabei de ler o excelente “Os Intelectuais e a Sociedade” de Thomas Sowell, escrito em 2009 e que, em 9 capítulos, não faz exatamente uma análise das origens do pensamento dos intelectuais ungidos, mas das práticas que eles adotam, e nos dá uma ampla visão histórica de uma corrente de pensamento intelectual que, sendo construída ao longo de muitas décadas, se tornou, em minha opinião, uma verdadeira distopia, no sentido de que a meta principal é a de, simplesmente, destruir todas as estruturas sociais e todos os que a este movimento se opuserem, adotando uma gélida insensibilidade, tanto para os conhecimentos que alcançamos sobre a psique humana, quanto para as consequências presentes e futuras para a involução consequente que atingirá nossa civilização.

A leitura desta obra não dá uma resposta peremptória para a minha pergunta, mas nos apresenta a estrutura da “coisa” e acalma nosso coração ao podermos identificar com mais clareza, mais evidência, o que ameaça a todos nós, minimamente conservadores nos costumes e razoavelmente defensores do liberalismo na condução de nossas vidas, e nos alerta para a necessidade de deixarmos a acomodação respeitosa que adotamos, no caso do Brasil, nos 25 anos que o país esteve sob a regência do pensamento “progressista”.

É mais que hora de nos conscientizarmos que apenas com nossas ações efetivas, práticas reais, poderemos opor uma resistência à altura da gravidade do momento e da força do oponente.

Abaixo, apenas para dar uma ideia do conteúdo da obra, listo todos os capítulos e anexo um ou dois parágrafos.

Chamo sua atenção para o entendimento do termo “liberal” que, para os americanos, tem o sentido que damos aqui ao termo “progressista”, ou seja, associado ao pensamento dominante no partido democrata e à esquerda em geral, ou seja, nada a ver com ser a favor do liberalismo econômico, muito pelo contrário.

Depois da leitura desta obra, pouco vai restar para você saber sobre as intenções destes "intelectuais ungidos" enraizados, principalmente, em todos os níveis da estrutura de governança do Estado.

Nota: Entre colchetes [], observações minhas. Entre aspas mas entre colchetes, são pensamentos reconstruídos por mim a partir de formulações do Sowell.

 

PREFÁCIO

Professor MarkLillaProfessores distintos, poetas talentosos e jornalistas influentes reuniram suas habilidades a fim de convencer, a todos seus ouvintes e admiradores, que os tiranos modernos eram libertadores e que seus crimes hediondos eram nobres, bastava vê-lo na perspectiva correta. Quem quer que se dedique a escrever, honestamente, sobre a história intelectual do século XX na Europa tem que ter estômago forte.

Mas ele precisará de algo mais. Precisará superar seu nojo para que comece a ponderar sobre as causas desse intrigante e estranho fenômeno.

CAPÍTULO 1 – OS INTELECTOS E OS INTELECTUAIS

[Para o intelectual desconstrucionista] A plausibilidade ou não que uma nova idéia incita depende do que cada um já tem incorporado como crença.[blog]

Eric Hoffer: Um dos privilégios surpreendentes dos intelectuais é o fato de se encontrarem livres para serem escandalosamente estúpidos sem, contudo, sofrerem qualquer abalo em suas reputações.

CAPÍTULO 2 – CONHECIMENTO E NOÇÕES

Daniel J. Flynn: Intelectuais tendem a ter um senso inflado de sua própria sabedoria.

[As elites educadas se legitimam] como guias superiores, declarando que têm o direito de impor o que deve e não deve ser feito na sociedade [pois] estão convencidas da superioridade de seu conhecimento e de suas virtudes, uma fórmula certeira para o desastre.

Membros da intelligentsia (...) não percebem a necessidade de buscar informações factuais antes de expressar sua indignação.

CAPÍTULO 3 – OS INTELECTUAIS E A CIÊNCIA ECONÔMICA

[É Engels que tem um espasmo de lucidez ao perguntar:] que garantia temos de que será produzida a quantidade necessária de cada produto, nem mais nem menos, de forma a não ficarmos privados de milho e de carne, enquanto ficamos entupidos de açúcar e afogados em batatas (...).

Intervenções de políticos (...) para favorecer um lado” provocam geralmente, a ambos os lados, uma situação futura pior, mesmo que de maneiras distintas e em graus diversos.

CAPÍTULO 4 – OS INTELECTUAIS E AS VISÕES DE SOCIEDADE

[O intelectual ungido] se coloca num patamar moral superior, como alguém preocupado e misericordioso, promotor da paz no mundo, defensor dos oprimidos, alguém que luta por preservar a beleza da natureza e salva o planeta da poluição perpetrada por outros que não comungam a mesma consciência.

[Nesta afirmação, Sowell nos mostra que as acusações a Bolsonaro (e aos conservadores em geral) nada têm a ver com o que Bolsonaro faz ou pensa, se constituem apenas “gritos de guerra” para motivar a “tropa”.] As alegações que acusam oponentes ideológicos de racistas, machistas,  homofóbicos ou “incapazes de entender a questão” são geralmente empurradas pela intelligentsia, substituindo refutações especificas sobre os argumentos discutidos.

CAPÍTULO 5 – REALIDADE PARALELA NA MÍDIA E NO MUNDO ACADÊMICO

Fabricaram uma tela através da qual nossa época contemporânea absorve informações manipuladas. –Jean-François Revel

É necessário somente que aqueles que têm o poder de filtrar as informações, seja no papel de jornalistas, editores, professores, acadêmicos ou produtores e diretores de filmes [e hoje plataformas de redes sociais], decidam que há certos aspectos da realidade que as massas “não compreenderiam corretamente” e que um senso de responsabilidade social clama, por parte dos que detêm o poder de filtragem, pela supressão de alguns dados.

[Um repórter americano se justificou por não ter publicado um determinado fato]: “fiquei indeciso em escrever uma história que daria munição para nossos inimigos”.

CAPÍTULO 6 – OS INTELECTUAIS E A JUSTIÇA

Os economistas costumam ver os direitos de propriedade como algo essencial para (1) manter a tomada de decisões econômicas nas mãos de indivíduos privados, ou seja, fora do controle dos políticos, e (2) para manter os incentivos dos mesmos indivíduos, os quais investirão seu tempo, seus talentos e seus recursos movidos pela expectativa de poderem colher e reter os frutos de seus esforços.

“Propósito público” pode significar quase que qualquer coisa (...).

CAPÍTULO 7 – OS INTELECTUAIS E A GUERRA

Tempos ruins para se viver são bons para se aprender. Eugene Weber.

[Já no final do século XIX] já havia, entre muitos intelectuais, a ideia de se dirigir as massas, uma ideia que incumbia a terceiros a tarefa de dar sentido para a vida delas.

Esses vários períodos que compõem a história da visão intelectual, ora favorável ora contrária à guerra, precisam ser examinados uma a um.

CAPÍTULO 8 – OS INTELECTUAIS E A GUERRA: REPETINDO A HISTÓRIA

Este capítulo sobre, principalmente, a segunda guerra, não li pois não é um tema que tenho interesse.

CAPÍTULO 9 – OS INTELECTUAIS E A SOCIEDADE

(...) professores escolares (...) expandem sua influência, seja por meio de doutrinação ideológica dos alunos ou por sua manipulação psicológica com o intuito de alterar os valores que esses estudantes receberam dos pais.

(...) depois que os programas de “educação sexual” foram introduzidos nas escolas norte-americanas na década de 1960, coube aos pais o trabalho de colher os cacos e arrumar a bagunça sempre que uma filha adolescente aparecia grávida ou um filho adolescente contraía uma doença venérea. Nenhum professor ou nenhuma professora teve que arcar com as consequências de nada (...).

 

sexta-feira, janeiro 22, 2021

A CULPA É DO BOLSONARO!

“O pior cego é o que não quer ver.”


Ditado popular.

Se antifascistas cancelam, censuram, depredam (escondendo a identidade) e invadem o espaço privado (em sentido amplo) carregando cartazes com “viva a democracia”,...

Quando perdedores de uma eleição insuspeita, incontestável, têm seus interesses contrariados pelo voto de 58 milhões de eleitores e passam a fazer a ladainha do impeachment com total falta de “leitmovi”, deve-se entender que...

Quando o racismo em vez de ser moralmente condenado é reconhecido por paladinos da igualdade, mas que defendem leis para privilegiar os “mais iguais”, evidenciando uma dicotomia cognitiva que eu não consigo absorver, é obvio que...

Se há uma nítida incongruência quando os mesmos defensores de regimes de cotas para deficientes físicos são simultaneamente a favor do aborto, é porque...

Quando, neste mesmo padrão duplipensar[1], os autoproclamados “progressistas” imaginam promover o progresso apoiando um regime de cotas raciais nas universidades atropelando o critério dos melhores classificados por serem os mais capazes – uma das pré-condições para a promoção do desenvolvimento -, isto acontece porque, é claro,...

Se o Butantan, pressionado por interesses políticos do Dória, grava um vídeo divulgando resultados dando 78% de eficácia para a vacina chinesa, mas logo a seguir vem à tona que a taxa verdadeira é de 50,38%, fica evidenciado que para tal “deslize” ter ocorrido...

Apesar do governo federal ter agido rapidamente em socorro dos cidadãos pelo caos na gestão da saúde no Amazonas provocado pela politicagem explícita dos governantes locais, tendo como principal consequência a falta de oxigênio...

Inspirados nas arbitrariedades cometidas por ministros do Supremo, juízes de todas as instâncias pelo país afora estão tomando gosto por intimar e intimidar integrantes do poder executivo a prestar contas sobre as mais diversas ações em 48 horas, 72 horas, 3 dias, 5 dias... Isto é porque, sempre,...

Rodrigo Maia, presidente da Câmara durante os 2 primeiros anos do governo do Presidente Bolsonaro, fez o que pôde para não pautar e/ou obstruir pautas de projetos do governo, mas o fato de reformas fundamentais como a administrativa, a tributária e a fiscal não terem avançado, evidentemente... 

Se o discurso “ciência, ciência, ciência” não bate com a comprovação científica de que a Ivermectina e a Hidroxicloquina não têm efeitos colaterais observados em décadas, é porque...

O fato do ministro Alexandre de Morais ter decidido “que o governo federal não pode derrubar decisões de estados e municípios”[2] relativas ao combate ao Coronavírus, e lacradores das redes sociais e a grande mídia continuarem martelando que há um genocídio em curso,...

Explosão de prédio em Madri? Claro que... Derrota do Trump? Evidente,... Não importa o quê,...

As hipocrisias listadas acima são ínfimas na obra épica composta e interpretada pela Esquerda Universal. Como um adepto da legalidade[3], das mudanças graduais permitidas pela prática dos valores que sustentam uma real democracia, pela empírica dedução de que a diversidade da individualidade é a maior qualidade da espécie humana, que a liberdade de expressão é o que faz a vida ter sentido, e que se há uma coisa que evito é ser um idiota, não pensar com o estômago porque tenho cérebro a serviço do meu livre pensar, por não engolir pacotes com lacinho rosa, questiono, pesquiso, sempre, e, por isto, sim, vejo muitas decisões importantíssimas para o país de total responsabilidade do governo do Presidente Jair Bolsonaro.

Entre tais decisões cito as que considero mais relevantes e que, contrariamente ao que nos acostumamos ver, cumprem propostas de campanha: a resistência às pressões dos perdedores cujos intere$$e$ foram radicalmente atingidos e que hoje se empenham em trazer de volta "urgentemente" aquele que foi o governo mais corrupto que já tivemos; reestrutura do comando das estatais trocando apadrinhados políticos por gestores e técnicos respeitados; término de obras de infraestrutura inacabadas por incompetência ou roubalheira iniciadas em governos anteriores (outra que você nunca viu); início do desmonte do aparelhamento da máquina governamental - tarefa para, pelo menos, 20 anos para se completar; diversas ações (projetos, decretos, regulamentos etc.) que visam tirar o Estado das costas dos cidadãos e dinamizar a economia; insistência na privatização das centenas de empresas estatais para redução do tamanho do Estado, tarefa que enfrenta fortíssima resistência do funcionalismo; mudança radical nos objetivos e princípios que regem a concessão de financiamentos pelo BNDES.

Só estas, por si só, formam um conjunto que é uma real revolução no "modus operandi" de governança quando se compara com o que prevaleceu nas últimas 3 décadas. Que governo anterior fez algo comparável?

Se tudo correr razoavelmente bem, daqui cerca de 18 meses teremos que nos posicionar sobre a quem vamos apoiar para os mais relevantes cargos políticos da república. É então que nossa capacidade de discernimento será colocada em xeque. Mas... 




[1] Duplipensar é a falta de dissonância cognitiva, ou seja, o sujeito não tem ciência alguma da contradição entre suas crenças.

[2] Ver: https://g1.globo.com/politica/noticia/2020/04/08/governo-federal-nao-pode-derrubar-decisoes-de-estados-e-municipios-sobre-isolamento-decide-ministro-do-stf.ghtml

[3] Não apoio Jair Bolsonaro, defendo radicalmente o exercício do poder legitimamente conquistado. Quando dou meu apoio ou critico decisões do governo federal, o faço ao Presidente da República. Votei em Lula em 2002 por discordar do que FHC "não fazia"; não votei nem em Lula em 2006 nem em Dilma em 2010 e 2014 porque já estava convencido do mal que o PT fez ao Brasil, mal do qual só vamos nos ver livres se, com muito afinco, os contrários às ideias social-comunistas vierem defender.




















sábado, janeiro 16, 2021

A HIPOCRISIA DAS PLATAFORMAS, DO ESTABLISHMENT E DOS IDEÓLOGOS

"Não há mais sentido em apelar para nada quando a mente se perdeu na coerência de uma boa ideia. O ideólogo torna-se cínico."

Proposição extraída de "Thomas Sowell e a aniquilação de falácias ideológicas".


Tomei contato e me fascinei com a internet em 1996. No ano seguinte já tinha criado uma lista de distribuição chamada INTERNET MARKETING onde publicava textos com o intuito de ajudar outras pessoas a entender a nova tecnologia. Tais textos me levaram a ser um dos primeiros "articulistas" da nova revista INTERNET BUSINESS (1). Conto isto só para ressaltar que vivi com certa intensidade o engatinhar, a infância e a juventude da Web, desde quando, portanto, o buscador principal era o AltaVista e no Brasil o Cadê (2).

Naquela época e até meados da primeira década do novo milênio, os provedores de acesso desempenhavam também o papel de guardadores dos conteúdos gerados pelos seus usuários, basicamente, clientes que usavam aplicativos de envio de mensagens eletrônicas, os tais e-mails, cujo conteúdo ficava armazenado nos "servidores" da empresa. Já ali, o comportamento irascível se manifestava em mensagens postadas em listas de distribuição com temáticas diversas. Esta constatação logo logo me fez cair fora, pois meu estômago não é muito forte. Algumas destas manifestações incomodaram terceiros gerando demandas judiciais e uma discussão sobre a obrigação dos provedores de não só "censurarem" o conteúdo, como também acatar uma ordem judicial que obrigasse a quebra da privacidade de um cliente. Evidentemente houve reação. A estratégia de defesa foi a de se compararem com os correios (sigilo da correspondência) e até mesmo com as companhias telefônicas (naquela época, em tese, ainda não se gravavam as conversas). Não lhes cabia, portanto, a obrigação de fiscalizar o conteúdo que transitasse pelos seus canais digitais, e ainda alegavam que seria um completo absurdo, além de inconstitucional. 

Assim foi até que a evolução da tecnologia e do agigantamento de algumas poucas empresas se transformassem em "plataformas" de redes sociais espalhadas, principalmente, pelo mundo ocidental. Agora o "busílis" da questão passou a ser outro. Os interesses econômicos passaram a ser tratados na casa das dezenas de bilhões de dólares e, neste nível de "interesse" a política se torna o elemento, a variável, o fator mais relevante em qualquer tomada de decisão. A consequência todos nós estamos vendo. A questão se inverteu, ou seja, se antes o negócio era tirar o corpo fora e dizer que "isso não é comigo", agora  é muito mais um "deixa comigo que eu chuto", pois "censurar é a principal tarefa". Reivindicam até mesmo um alegado direito de tocarem seus negócios do jeito que melhor lhes aprouver, apartados de qualquer aparato legal. Hummmm! Será? Vamos analisar o argumento dos apoiadores deste "direito". Alega-se que as plataformas digitais, só as plataformas, por serem empresas privadas em um regime de livre mercado, podem "excluir" qualquer um por terem o direito de escolher quem as pode frequentar com base tão somente em supostas "fake news" ou na constatação do usuário não ter a mesma opinião política que elas têm. Vejam a hipocrisia. Se eu manifestar nas redes sociais criticando o que você andou postando, tudo bem, a plataforma não se importa. Eu só não posso postar opinião com a qual "eles" não concordem (amplie a extensão deste "eles"). A meu ver, se esquecem do fato primeiro que motivou sua criação, qual seja, oferecer uma ferramenta universal de comunicação entre as pessoas, e não uma ferramenta de comunicação exclusiva de uma corrente política. Lembremos que quando nos associamos a elas, não nos foi perguntado para quem torcíamos, o que seria normal se o detentor do negócio fosse um partido político, um clube de futebol etc. Portanto, para evitar a hipocrisia, a justiça poderia concordar com elas desde que declarassem tanto em suas homepages quanto em seus ilegíveis contratos de uso, suas posições políticas para que pudéssemos nos associar àquelas plataformas com as quais nos identificássemos, o que nos permitiria manifestar nossas opiniões sem sermos "cancelados" a cada postagem. Que tal? 

Só pra deixar claro. Eu posso negar a uma pessoa o acesso à minha casa, até mesmo a um policial que não tiver um mandado de busca (desde que não tenha vindo a mando do Alexandre de Moraes). Acontece que a finalidade da minha casa é a de abrigar e proteger a mim e a minha família e não a de ter as portas abertas para quem quiser entrar, pois isto, evidentemente, contrariaria o objetivo básico!!! Sendo ainda mais explícito, os Correios podem se recusar a entregar uma correspondência por que seu endereço, do remetente, vem da "área suspeita" de ser apoiadora da oposição? As companhias telefônicas podem se recusar a completar uma ligação por que você foi "classificado" como um usuário que fala muito palavrão? Você concordaria com isto? 

Por que o Presidente dos Estados Unidos da América foi excluído de diversas plataformas? Por que nada acontece para impedir tais atos de violência explícita? O fato alegado de que Trump incitou a violência da invasão do Capitólio não se sustenta. Simplesmente ele não fez isso. Mesmo que tivesse feito, ainda assim isto não poderia ser motivo de nenhuma reação antes que um processo fosse instaurado para apurar TODOS os fatos, inclusive quem eram os que realizaram a invasão (mandantes e mandados). A opção por um viés político agora, pelo menos, ficou clara. Não por outro motivo cidadãos pelo mundo afora estão, neste meados de janeiro de 2021, cancelando suas contas nas "canceladoras" e procurando abrigo em plataformas comprometidas com a liberdade de expressão, pelo menos, em princípio. Enfim, um show de hipocrisias para satisfazer aos gostos mais exigentes feitas por indivíduos que se apresentam com a cara mais lavada e sem um mínimo de rubor. Fico por aqui, nem vou mencionar a sordidez das táticas usadas para destruir o PARLER.

Livro mais recente de Sowell.

Chegamos então à questão que salta à indignação: por que ninguém faz nada? Ocorre que esse "ninguém" inocentemente proferido é exatamente o "establishment" (3), a máquina pública que nas últimas décadas veio sendo invadida pelo contingente socialista. No caso do Brasil, há um "esprit de corps" estatal que se agarra à defesa de privilégios angariados ao longo de décadas dividindo os brasileiros em duas categorias: os privilegiados funcionários públicos e os demais. Àqueles, tudo, aos outros, o rigor da lei. Os primeiros não estão nem aí para utopias políticas, o que eles querem é tão somente reivindicar a manutenção de "direitos adquiridos". "Nosotros" também não estamos nem aí para as mesmas utopias, apenas a razão é outra: estamos ocupados, dia-a-dia, em "ganhar o pão", "tocar a vida" e pagar os impostos que sustentam aqueles. Hipocrisia, quero uma para sobreviver! É óbvia sua imediata pergunta: a quem interessam as utopias? Só aos ungidos, evidentemente, mas como estão no poder ou são bajuladores do poder, causam um estrago capaz de atingir gerações, sendo que seus autores não estarão mais por aqui para ver o resultado, nem para serem julgados e condenados. Este é o movimento a que estamos assistindo, infelizmente, e qualquer um que intente mudança neste "status quo", enfrenta a reação de uma massa de mais de 10 milhões de protegidos (4). E este comportamento se dá em toda a esfera de poder, legislativo, executivo e, particularmente, judiciário. Como já disse alguém: de onde você espera que saia alguma coisa, é dali que não sai nada mesmo!

E o que está na base, tanto da promoção e exaltação do pensamento único, quanto do Estado como um bondoso e mão-aberta empregador? A utopia ideológica dos ungidos que criaram uma teoria socioeconômica não a partir dos fatos da vida real, mas a partir de uma "visão" que quer impor globalmente um padrão de comportamento cultural e moral que contraria a inquestionável realidade de que a natureza humana é imperfeita e que o desenvolvimento das nações se dá graças ao intercâmbio de visões e experiências que ocorrem nas relações entre os cidadãos. A reboque desta "visão cega", vem o Estado controlador da economia, provedor do conhecimento de um só viés, e a divisão dos cidadãos entre várias "classes" com as consequentes políticas específicas para cada um, o que, evidentemente, acaba por criar dois grandes grupos, o dos "protegidos" e o dos "ressentidos".

Vamos nos preparar espiritual e mentalmente e aguardar para ver no que isso vai dar. Boa coisa, imagino, não vai ser.


(1) Tudo o que escrevi nesta época você encontra neste outro blog meu.

(2) Em 1994, Berners-Lee fundou o World Wide Web Consortium (W3C) no MIT; tanto  o Altavista quanto o Cadê, o buscador brasileiro, nasceram em 1995, sendo que o  cadastramento dos sites, no nosso caso, era feito manualmente (!!!); e o Google só veio se tornar uma empresa a partir de 1998.

(3) Establishment: A elite social, econômica e política de um país. Eu "odeio" o termo, mas fazer o quê depois de Paulo Guedes ter trazido para o nosso cotidiano tal anglicismo!!!???

(4) Segundo estudo do IPEA publicado em 2020, em pouco mais de 30 anos saímos de 5,1 milhões para 11,4 milhões. Quem foram os governantes no referido período?