segunda-feira, outubro 06, 2025

ADMINISTRAR, UMA QUESTÃO DE PREPOSIÇÃO

 Vasculhando meus arquivos, encontrei esta crônica que escrevi em 2003 quando estava em plena atividade como administrador. Achei oportuno republicar aqui.


Da formação em administração, herdei quase nada. Todos os cursos, todas as matérias, toda a bibliografia, todos os “cases”, se referiam às grandes e médias empresas, apesar de a maioria absoluta ser composta de micros e pequenas (até 100 funcionários). Estudei Matemática Financeira com suas chatíssimas fórmulas, mas fiquei sem saber nada sobre como renegociar uma dívida. Estudei Psicologia Aplicada, mas me formei sem saber como me portar em uma entrevista com um des/interessado empregador. Freqüentei aulas de Sociologia, e nada sobre o jogo de uma negociação trabalhista. Me obrigaram a ler volumosos livros em Economia, mas terminei o curso sem saber usar um fluxo de caixa como ferramenta gerencial. Estudei Contabilidade, mas a duplicata permaneceu indecifrável até que precisei emitir uma. O jovem se forma em administração e não visita uma só indústria no decorrer do tempo letivo; não passa um dia sequer num departamento de RH; aprende sobre FIFO’S e LIFO’s mas nada sobre problemas de embalagem e estocagem de mercadorias. Em contrapartida, o jovem médico cumpriu um período de residência médica. Já o iludido e recém-formado administrador, distanciado da realidade, sabendo discorrer com proficiência sobre a mais recente teoria de marketing e administração, irá para o mercado com a pretensão de “ensinar” os que estão à frente de seus negócios, numa  economia em recessão, matando um leão por dia e enfrentando concorrentes de todos os portes. Give me a break! A Universidade deveria ter tido coragem de me dizer: “olhe em volta, estude esta realidade e vá ajudar seu pai a fazer crescer o bolo na confeitaria que ele tem em sua cidade! Você vai ter muito mais chances de sucesso.”

Infelizmente não é isso que dizem. Mostram a administração como uma ciência exata quando ela é pura sensibilidade. Seguir a intuição, este é o segredo. O importante em administração é fazer mantendo coerência entre o discurso e a ação. E só há um meio de manter coerência: é ser você, sempre. Não queira fazer como um outro fulano qualquer. Faça do seu jeito. Aos poucos o ambiente vai se adaptando a você à medida em que os que estão à sua volta ganham mais segurança no que esperar de você em cada situação. Administrar é aplicar nossa personalidade a um objetivo a ser atingido. E se funciona na vida particular, por que não aplicar nos negócios? Por que não fazer de nosso jeito de ser, nossa própria teoria de administração? Administrar, portanto, é ajustar seu negócio, sua estrutura, sua equipe, a como você é. Administrar não é ficar se debatendo à procura de um modelo padrão. Para exemplificar, se você é uma pessoa extrovertida, de facilidade de relacionamento, democracia e liberalismo serão mais aceitos pelos que estão à sua volta, do que atitudes autoritárias ue soarão incompatíveis com seu jeito de ser. Se você é uma pessoa introspectiva, significa que você pensa muito antes de agir e, portanto, já chegou a uma decisão e não precisa perder tempo em um jogo democrático/liberal que irá paralisar a empresa até que se chegue a um consenso. Não há o certo e o errado como avaliação prévia. Só se descobre se “foi” certo, se “foi” errado. A avaliação de certo ou errado é SEMPRE a posteriori. Mas há uma ressalva.

As consequências de nossas experiências são gravadas na memória junto com as causas que a precederam, mas nem sempre estas causas são atribuídas corretamente. Por exemplo, peguei uma gripe, tomei vitamina C e fiquei na cama por 2 dias. Para uns, a vitamina C foi a causa da cura, mas os médicos dizem que foi o tempo que ficou de cama para o organismo reagir.  Na vida pessoal as conseqüências disso não têm muita importância porque só afetam a você mesmo, quando afetam, mas não na vida profissional, onde as conseqüências de seus atos e opiniões recairão sobre seus subordinados e superiores, sobre a imagem de marca da empresa e, possivelmente, sobre os lucros. Isto mostra, portanto, que “eu ser minha própria teoria” está subordinado às regras do ambiente em que atuo. Aqui vale a regra de que você é você e suas circunstâncias.

Os que mais infringem esta regra são os empreendedores porque são os próprios donos e estão dispostos a assumir, de modo kamikaze, as consequências das asneiras que cometem. Exemplos são comuns na relação com empregados e clientes. Frases do tipo “empregado é sempre a mesma coisa...” e “clientes são todos iguais” são frequentemente ditas pelos corredores e em reuniões ou conversas formais e informais. Uma só experiência basta para criar um padrão de como lidar (ou não lidar) com futuros clientes ou empregados. São típicos os exemplos. Uma loja, com anos e anos de atividade, nunca teve um só cheque devolvido. Mas como ninguém está livre, acaba acontecendo e no dia seguinte o lojista coloca uma placa: não aceitamos cheque. Um empregado a quem se permitiu flexibilidade no horário de trabalho, abusa do direito. O empregador, em lugar de saber as razões do funcionário, o demite e decide acabar com a flexibilização mesmo que isto lhe prejudique operacionalmente. A isto eu chamo de “Administrar Por Exceção”, ou seja, toda experiência (positiva ou negativa) determina o comportamento pelo qual o administrador agirá no futuro, independente da análise do evento futuro. A exceção negativa determina um novo padrão e, para evita-la, assume-se um novo padrão. Na pessoa física, é muito mais fácil dizer que na semana santa sempre chove (porque choveu no ano anterior) do que entender a complexidade da interação das variáveis que afetam o clima. Mas na atividade gerencial este tipo de princípio traz resultados desastrosos. No caso do empregado demitido, cria uma revolta naqueles que souberam usar a regalia e que agora a perdem pela ação de um só. Nestes casos, estamos diante de um falso administrador pois, por definição, administrar é conhecer e saber lidar com todas as variáveis.

Levar a própria personalidade para a administração está limitada aos objetivos empresariais que, para o administrador e no que tange à sua relação com os subordinados, são os de manter a mais alta qualidade na relação destes com a empresa, porque isto significa justiça, produtividade, estabilidade, lucratividade e compromisso recíproco. Esta técnica chamo de “Administrar A Exceção”, onde você analisa cada exceção, toma decisões sem renunciar a seus valores e aos padrões da empresa. Clientes caloteiros continuarão a ser exceção. Ao dizer isto me sinto um pouco idiota pela obviedade intrínseca. Mas olhe à sua volta e veja os absurdos. É assustador! O que faz alguém optar pelo pior caminho, o de demitir e mudar as regras? Ou de colocar as vendas em risco por simplesmente decidir vender só a dinheiro? A resposta é: incompetência e simplificação irresponsável. Administrar “a” exceção requer ir contra, na maioria das vezes, a uma genética pessoal e a uma herança cultural entranhada no comportamento. Ambas têm uma força descomunal na determinação de nossas atitudes. Mas aquele que pretende ir dormir com a convicção de que é um bom administrador, não pode fugir de enfrentar esta questão.

Administrar não exige formação ou talento. Exige compromisso profissional. No seu dia a dia como administrador identifique as exceções e não pense que há “algo” a corrigir nos padrões.  Lembre-se da preposição e da proposição de que Administrar é administrar “as” exceções, porque os padrões já estão administrados e nenhuma empresa precisa de você para lidar com eles. A medida de qualidade de um administrador é dada por sua capacidade em “administrar as exceções”. Pense nisso.

 

Paulo Vogel

Em setembro de 2003

 

quarta-feira, agosto 27, 2025

O DISCURSO DE HOWARD ROARK

NOTA INTRODUTÓRIA: Ayn Rand, a autora das ideias que trago aqui, construiu um personagem, portanto utópico, idealizado, com uma personalidade que leva ao extremo sua integridade em respeitar a si mesmo. Entre ele, o egoísta, e seus antagônicos, os altruístas, há uma infinidade de modelos de personalidade que mixam os dois princípios. O interesse da autora é questionar as ideias e valores defendidos por uma ideologia do coitadismo do desprovido, do medíocre, do parasita, tão presente hoje em nossa mundo, apesar destes escritos terem sido publicados há cerca de 80 anos, em plena Segunda Guerra Mundial. O seu interesse, portanto, não é o de tornar os bilhões de indivíduos do planeta em howards, mas demonstrar que a humanidade precisa deles para que os outros possam ter uma vida melhor. Boa leitura e fique bem! 

Considero Ayn Rand uma filósofa em essência, pois em seus romances ela vai muito além de ser uma escritora excepcional. Suas obras são um mergulho profundo na alma humana. Depois de ler “A Revolta de Atlas”, em 2024, terminei neste agosto de 2025 a leitura de “A Nascente”[1], uma verdadeira ode à integridade de pensamentos e atos. Seus personagens são construídos com um rigor só encontrado nos maiores escritores de todos os tempos. Sua leitura, se não transformar o leitor, abala-o inexoravelmente, pois ela não tem medo de apertar com toda a força os pontos mais dolorosos de nossos espíritos e certezas sobre nossos valores.

Resolvi fazer esta publicação para manifestar minha admiração pelo pensamento de Ayn Rand e no intuito de estimular outras pessoas a refletir sobre suas ideias. Retirei algumas partes de um discurso do personagem Howard que considerei pertinentes à nossa atualidade e editei esta postagem[2].

Preciso, antes, esclarecer dois termos que serão frequentes. O primeiro é “criador”, com letra minúscula, significando, simplesmente, “aquele que cria”, que faz, que realiza, que empreende, que corre riscos e assume as consequências com a naturalidade dos estoicos. O segundo, em contraste, é o “parasita”, aquele que se coloca como “vítima”, injustiçado, que clama por proteção e se guia pela inveja.

No prefácio, a autora justifica sua motivação para expor suas ideias dizendo que “não podemos abandonar o mundo para aqueles que desprezamos”. E mais adiante exemplifica dizendo que “os que odeiam o homem”, como ela o entende,  são aqueles que o veem como uma criatura desamparada, depravada e desprezível - e lutam para jamais deixá-lo descobrir que não é assim. Para ela, há uma história milenar de pregação intencional e maléfica da fragilidade humana.

Estas notas que faço visam tão-somente o entendimento correto das passagens selecionadas. Evidentemente para entender com absoluta clareza em que a autora acreditava, é preciso ler todo o romance.

Se você preferir, o áudio-vídeo desta publicação está no no “Canal do Paulinho”[3] com o título “O Discurso de Howard Roark”. Vamos lá.

“Há milhares de anos, o primeiro homem descobriu como fazer o fogo. Ele provavelmente foi queimado na fogueira que ensinara os seus irmãos a acender. Foi visto como um homem maligno que havia tratado com um demônio temido pela humanidade.

“Mas a partir de então, os homens possuíram o fogo para aquecer-se, para cozinhar sua comida, iluminar suas cavernas. Ele lhes deu uma dádiva que não haviam concebido, e removeu a escuridão da face da Terra.

“Séculos mais tarde, o primeiro homem inventou a roda. Ele provavelmente foi despedaçado na própria roda que ensinara seus irmãos a construir. Foi visto como um transgressor que se aventurou em território proibido. Mas a partir de então, os homens puderam viajar além de qualquer horizonte. Ele lhes deu uma dádiva que não tinham concebido e abriu as estradas do mundo.

“Esse homem, o primeiro que não se submete a ninguém, figura nos primeiros capítulos de todas as lendas que a humanidade já registrou sob suas origens. (...) Adão foi condenado a sofrer porque comeu o fruto da árvore do conhecimento. Qualquer que fosse a lenda, em algum lugar nas sombras de sua memória, a humanidade sabia que sua glória começou com um único homem e que ele pagou pela sua coragem.

“Ao longo dos séculos, existiram homens que deram os primeiros passos em novos caminhos, armados apenas com sua própria visão. Seus objetivos variavam, mas todos eles tinham algo em comum: o seu passo era o primeiro, o seu caminho era novo, a sua visão era original e a reação que receberam foi... o ódio.

“Os grandes criadores - pensadores, artistas, cientistas, inventores... - enfrentaram sozinhos os homens de seu tempo. Todas as grandes ideias originais foram atacadas. Todas as invenções revolucionárias foram denunciadas. O primeiro motor foi considerado uma bobagem. O avião impossível. A máquina de tear maligna. A anestesia, pecaminosa. Mas os homens de visão independente seguiram adiante. Eles lutaram, sofreram e pagaram. Mas venceram.

“Nenhum criador foi motivado pelo desejo de servir aos seus irmãos, porque estes rejeitavam a dádiva que ele oferecia, a dádiva que destruía a rotina preguiçosa de suas vidas. A verdade do criador era sua única motivação, a sua própria verdade e seu próprio esforço para alcançá-la da sua própria maneira. Uma sinfonia, um livro, um motor, uma filosofia, um avião ou um prédio... sua criação era seu objetivo e sua vida. (...) A criação que dava forma à sua verdade. Ele colocava a sua verdade acima de tudo e a defendia contra todos.

“Sua visão, sua força e sua coragem originavam-se de seu próprio espírito. O espírito de um homem, entretanto, é o seu próprio ego, a entidade que é a sua própria consciência. Pensar, sentir, julgar e agir são funções do ego.

“Os criadores não eram altruístas. (...) O criador não servia a nada nem a ninguém. Ele vivia para si próprio.

“É somente porque viveu para si próprio é que o criador pode conquistar as coisas que são a glória da humanidade. Essa é a natureza da conquista.

“O homem (...)  nasce desarmado, seu cérebro é sua única arma. (...) Tudo o que somos e tudo o que temos vem de um único atributo do homem: a capacidade de sua mente racional.

“Mas a mente é um atributo do indivíduo. Um cérebro coletivo é algo que não existe. (...)  O uso da razão tem que ser executado por cada um individualmente. (...) Nenhum homem pode emprestar seu cérebro para que outros pensem. Todas as funções do corpo e do espírito são individuais, não podem ser compartilhadas nem transferidas.

“A força motriz é a faculdade criativa, que usa [uma criação] como material e origina o próximo passo. Essa faculdade criativa (...)  é propriedade de cada indivíduo. (...) Nenhum homem pode dar a outro a capacidade de pensar, e essa capacidade é o nosso único meio de sobrevivência.

“O homem pode sobreviver de 2 maneiras, por meio do uso independente de sua mente ou como um parasita alimentado pelas mentes de outros. (...) O parasita toma emprestado. O criador enfrenta a natureza sozinho. O  parasita enfrenta a natureza através de um intermediário. A preocupação do criador é a conquista da natureza, a preocupação do parasita é a Conquista dos homens.

“O criador vive em função do seu trabalho, ele não precisa de ninguém. Seu objetivo principal está dentro de si mesmo. O parasita vive em função dos outros, ele precisa dos outros. Os outros são a sua motivação principal.

“O parasita declara que o homem existe para servir aos outros. Ele prega altruísmo, que é a doutrina que exige que o homem viva para os outros e dê mais importância aos outros que a si próprio.

“Aos homens foi ensinado que a dependência é uma virtude. Mas um parasita faz daqueles a quem serve parasitas também. O homem que vive para servir aos outros é o escravo. (...)  O mais repugnante é o conceito de escravidão espiritual. (...) O homem que se escraviza voluntariamente em nome do amor é a criatura mais desprezível que existe. Ele degrada a dignidade do homem e degrada o conceito de amor, mas essa é a essência do altruísmo.

Aos homens foi ensinado que sua primeira preocupação é aliviar o sofrimento dos outros. (...) Sob essa perspectiva, o homem deve desejar que os outros sofram, para que ele possa ser virtuoso. Essa é a natureza do altruísmo.

“O criador não se preocupa com a doença, mas com a vida. Ainda assim, o trabalho do criador eliminou doença após doença, curando tanto o corpo quanto o espírito do homem, e aliviou o sofrimento humano numa escala que altruísta nenhum jamais poderia conceber. (...) O criador é o homem que discorda. Aos homens foi ensinado que nadar a favor da corrente é uma virtude. Mas o criador é o homem que vai contra a corrente. Aos homens foi ensinado que se unir aos outros é uma virtude, mas o criador é o homem que fica sozinho.

“Aos homens foi ensinado que o ego é sinônimo do mal e que esquecer o ego e ser altruísta é o ideal da virtude, mas o criador é o egoísta no sentido mais absoluto, pois o homem sem ego é aquele que não pensa.

“Duas concepções foram oferecidas ao homem  como polos do bem e do mal: altruísmo e egoísmo. (...)  Quando a essas concepções foi adicionada a ideia de que o homem deve se alegrar com o sacrifício pessoal, [ou seja] a auto imolação, a armadilha se fechou. O homem foi forçado a aceitar o masoquismo como seu ideal, sob ameaça de que o sadismo era sua única alternativa. Essa foi a maior fraude jamais perpetrada contra a humanidade.

“A escolha não é o sacrifício pessoal ou domínio sobre os outros. Ela é independência ou dependência. O código do criador ou o código do parasita (...). Essa é a questão básica, e ela procede da alternativa entre a vida e a morte. (...) Tudo o que resulta do ego independente do homem é bom. Tudo o que resulta da dependência de um homem em relação ao outro é mau.

“O egoísta, no sentido mais absoluto, não é o homem que sacrifica os outros. O egoísta é o homem que está acima da necessidade de usar os outros. (...) Ele não existe para benefício de nenhum outro homem e não pede a nenhum outro homem que exista para seu benefício. Essa é a única forma possível de irmandade e respeito mútuo entre os homens.

“A Independência de um homem é a única medida da sua virtude, do seu valor. (...) Não o que fez ou deixou de fazer pelos outros. O único padrão de dignidade pessoal que existe é a independência.

“Os homens trocam o seu trabalho de livre e espontânea vontade, com mútuo consentimento e para vantagem mútua sempre que seus interesses pessoais [egoístas] coincidem e ambos desejam a troca. Se não desejam tratar um com o outro, não são forçados a fazer isso. Ambos podem continuar seguindo seus caminhos. Essa é a única forma possível de relacionamento entre iguais. Qualquer outra é uma relação entre escravo e dono, ou entre vítima e carrasco.

“O primeiro direito na Terra é o direito do ego. A principal obrigação do homem é consigo mesmo. Sua lei moral é nunca permitir que seus principais objetivos residam dentro de outros. Sua obrigação moral é fazer o que deseja, desde que seu desejo não dependa basicamente de outros (...)

“Aqueles que dominam os outros não são egoístas, eles não criam nada. A sua existência depende inteiramente de outros. (...)  Eles são tão dependentes quanto o mendigo, (...)

“O criador rejeitado, hostilizado, perseguido, explorado, perseverou, seguiu adiante e, com sua energia, carregou toda a humanidade com ele. O parasita não contribuiu com nada para esse processo, exceto com os obstáculos. (...)

“O bem comum do coletivo, da raça, da classe, do estado, foi a negação e a justificativa de todas as tiranias estabelecidas sobre os homens. Os maiores horrores da história foram cometidos em nome de motivos altruísticos. Será que já foi cometido algum ato de egoísmo que possa igualar a carnificina executada pelos discípulos do altruísmo? (...) Os piores carrascos foram os mais sinceros, eles acreditavam na sociedade perfeita, alcançada através da guilhotina e do pelotão de fuzilamento. Ninguém questionou na história o direito de matar porque matavam por motivações altruístas.

“Os atores mudam, mas o curso da tragédia permanece o mesmo. Humanitários que começam declarando seu amor pela humanidade e acabam com banhos de sangue. Assim foi e assim será enquanto se acreditar que uma ação é boa se for altruísta. (...)

“A única forma de os homens se beneficiarem mutuamente e a única declaração de um relacionamento apropriado entre eles é: não se meta.

“A sua própria felicidade (...)  é uma motivação pessoal individual, egoísta.  Olhem para os resultados, examinem suas próprias consciências.

“Agora, na nossa época, o coletivismo, o reinado do parasita (...) , do medíocre, o monstro antigo está à  solta e correndo descontrolado. Ele levou os homens a um nível de indecência intelectual nunca igualado na face da Terra. Causou horror numa escala sem precedentes. Envenenou todas as mentes. Engoliu a maior parte da Europa. Está tomando conta de nosso país.

“Eu vim aqui para dizer que não reconheço o direito de ninguém a um minuto sequer da minha vida, nem a nenhuma parte da minha energia, nem a nenhuma conquista minha. (...)

“Eu quis vir aqui dizer que sou um homem que não existe para servir aos outros. Isso precisava ser dito. O mundo está perecendo por causa de uma orgia de sacrifícios pessoais.

“Eu quis vir aqui dizer que a integridade do trabalho criativo de um homem é muito mais importante que qualquer projeto de caridade. Eu não reconheço nenhuma obrigação para com os outros homens, com uma única exceção, respeitar a sua liberdade e não participar de nenhuma maneira em uma sociedade escravocrata.

O que você acaba de ler, é uma mínima parte das ideias defendidas por Ayn Rand, uma cidadã russa que emigrou de seu país após a revolução bolchevique, e se tornou cidadã americana. Seu livro “A Revolta de Atlas” já ultrapassou a marca dos 11 milhões de exemplares vendidos e é considerado, depois da Bíblia, o livro mais influente nos Estados Unidos. “A Nascente” já ultrapassou 6 milhões e seu texto é discutido em universidades.”


Obrigado pela sua atenção.





[1] Ayn Rand (1905-1985). “A Nascente” (no original “Fountainhead”), foi escrito entre 1936 e 1943, quando foi publicado, isto depois de ter sido rejeitado por outras 12 editoras.

[2] Entre colchetes [] são inserções minhas.

[3] Canal do Paulinho: 

https://www.youtube.com/user/paulovogel09



domingo, agosto 17, 2025

A PRECISÃO DE OLAVO

 

Me afastei do noticiário político recentemente por algumas razões. Uma delas é a inutilidade da participação de gente como eu, integrante desta massa chamada povo. Uma outra razão é a repetitividade cíclica das falas hipócritas de nossos psicopatas cocos, líderes – “zélites” como os chamou Olavo - acobertados pela oligarquia[1] hipócrita dominada pelo socinismo assassino de mentes.

E é a Olavo de Carvalho[2] que recorro para ecoar, em letras garrafais, em negrito e com aspas, o aviso que ele, de seu túmulo, está gritando:

“EU OS AVISEI!!!

Se reconheço minha insignificância e não tendo o Mestre em vida para mexer com nossos neurônios, ao menos me obrigo a não deixar que se enterre no túmulo da história brasileira, suas relevantes advertências como paladino da resistência à barbárie político-cultural que vivenciamos. 

Os que leram Olavo e entenderam o que tentou transmitir e não têm problema de memória, a leitura desta postagem é uma revisão e exercício contra o esquecimento. Reafirmo o verso "É preciso reler Olavo" no "Poema da Precisão" que publiquei no canal do Paulinho.

Este conteúdo tem uma relevância maior para os demais, os “desavisados e sabichões”[3], com o intuito de lhes esclarecer que nada do hoje é fruto do agora, mas de uma construção histórica lenta e gradual, obra de muitas mentes neurologicamente perturbadas.

O reproduzido aqui coletei de “Seminarium Olavo de Carvalho – Páginas de um diário filosófico – Volume 2: 2010 a 2013” e de “O Mínimo Que Você Precisa Saber Para Não Ser Um Idiota”. Ao avaliar cada pensamento, cada alerta, atente para o ano em que foram proferidos.


 

DE SEMINARIUM

Respeito a divisão feita na edição da Vide Editorial.


COMUNISMO E FORO DE SÃO PAULO

2012

“(...) por que os sovietólogos ocidentais, tão prestigiosos, tão bem pagos tão dotados de amplos meios de investigação, não atinaram nem por um momento com a queda iminente da URSS?”

“A lógica revolucionária é a desorganização sistemática da sociedade e o aumento do poder do grupo revolucionário.”

 

2013

“Uma hipótese viável é que o estado de confusão se torne crônico e se integre no dia a dia da população, como aconteceu com o banditismo, servindo de cortina de fumaça para mudanças mais profundas e menos visíveis vindas de cima.”

“Se os militares não reagirem diante do descalabro, a solução para os que não admitem tal estado de coisas é pedir para serem fuzilados em praça pública ou exilados para alhures, por que aqui será impossível viver.” General de Brigada Valmir Fonseca Azevedo Pereira.

“Porque o sujeito não se sente comunista, e participa do movimento, ele conclui que o movimento não é comunista.”

“A soma das vozes populares dá potência ao movimento, mas é a liderança que o canaliza e aproveita politicamente.”

“No meu modesto entender, [os militares] só estão buscando uma desculpa elegante para desaparecer, e aliás nem precisam disso, pois já desapareceram.”

“Movimentos custam muito dinheiro; nenhum tem começo modesto, todos vêm das grandes fortunas.”

“Em todas as revoluções, quem tira proveito da agitação pública não é quem tem o coração do lado das massas, é quem tem a visão estratégica de para onde conduzi-las.”

“Lênin só voltou à Rússia porque tinha uma elite organizada, com vinte anos de experiência, pronta para tomar o poder.”

“Ninguém tenta se precaver contra um mal que julga inexistente.”

“A zélite no Brasil é cagona por natureza, sempre puxa o saco do mais forte.”

“’Causa’, por definição, é uma meta coletiva a que o indivíduo serve sem ter nenhum controle de para onde ela vai, mas confiando que irá na direção dos seus sonhos, e, portanto, assumindo uma responsabilidade que mais tarde, se a coisa acabar tomando um rumo indesejado, ele negará com todas as suas forças.”

“Livrar-se de um último ranço de esquerdismo sentimental é difícil.”

“A estratégia do Foro de São Paulo é a revolução permanente, obstinada, incessante, variando de camuflagem dia após dia. São pequenos golpes que se acumulam ao longo dos anos até que a vítima se torna insensível e incapaz de se defender.”

“Ocupação de espaços não se combate com ideias, mas com desocupação de espaços.”

“O que está em jogo não é liberdade de opinião e sim o acesso a instrumentos de influência, que são instrumentos de poder.”

“Fulanos que só têm “divergências de ideias” com os comunistas, mas não se envergonham e até se orgulham de ser amigos deles, são como um pai que discorda gentilmente de alguém que estupre a sua filhinha.”


POLÍTICA E MILITÂNCIA

2011

“Se o agressor é negro [ou LGBTQI+] , a legitima defesa é proibida.”

“Quando uma teoria não tem substância cognitiva própria, quando ela é apenas uma camuflagem de um jogo de poder, discuti-la em si mesma é entrar no jogo. É preciso quebrar a confiança do jogador, fazê-lo pedir para sair.”

“(...) o golpe de 64 exigiu dois anos de preparação (...)”

“Decorridos vinte anos a China enriquecida pelo dinheiro americano tornou-se a  maior credora dos Estados Unidos, a ditadura continua firmemente instalada em Beijing e a democracia corre o risco de extinguir-se na América.”

[Por acaso] “uma criança pode avaliar as diversas identidades sexuais possíveis e escolher a sua antes da experiência de ter alguma?”

 

CULTURA, ESTUDOS E ASSUNTOS PERENES

2012

“Infelizmente não é possível transmitir alta cultura a milhões de pessoas antes de havê-la transmitido a uns milhares, nem a uns milhares antes de havê-la transmitido a uns poucos.”

“As ideologia são, por definição, simplificações deformantes.”

“Não há comunista bem intencionado. Todo comunista é um mau caráter,  um pervertido mental, um porco. [E quem dá atenção e direitos a eles] é um filho da puta.”

“O comunismo não é contra o liberal-conservadorismo: é contra a humanidade.”

“O grande paradoxo que vocês vão encontrar no estudo do comunismo é: Como é possível que uma proposta que sempre fracassou em criar uma sociedade decente tenha ao mesmo tempo um sucesso sempre crescente como movimento revolucionário?” [Uma ideia de resposta você pode encontrar no PODPAULOS “A Ignorância dos Patos Novos”, de 10/8/25: https://www.youtube.com/watch?v=tuYyPwvPZwg&t=206s]

“O Brasil, de dentro e de perto, é o horror, a depressão, o nojo, a raiva impotente. De longe, é só tristeza e pena. É mais fácil de aguentar.”

“O problema do Brasil é que ele mata você aos poucos, anestesicamente, quase docemente, e a mídia ainda capricha no soporífero para alimentar sonhos insensatos e manter você numa fila eterna, à espera do impossível.”

“Preparem-se. Nos próximos anos a desordem do mundo atingirá o patamar da alucinação permanente e por toda parte a mentira e a insanidade reinarão sem freios.”

“Pode haver alguma satisfação em contestar erros filosóficos, mas maior, suprema, insuperável, é a satisfação de provar que um grande filósofo tinha ainda mais razão do que ele próprio chegou a perceber.”

“Tudo em volta induz à loucura, ao infantilismo, à exasperação imaginativa. Contra isso o estudo não basta. Tomem consciência da infecção moral e lutem, lutem, lutem pelo seu equilíbrio, pela sua maturidade, pela sua lucidez.”

“Todo psicopata é, por definição, psicologicamente invencível. Por mais que você lhe mostre seus erros e prove os seus crimes ele continuará não só proclamando inocência, mas cantando vitória.”

Groucho Marx: “Afinal, você vai crer em mim ou nos seus próprios olhos?”

“Se [vocês] não conseguem evitar a companhia dos psicopatas mediante uma precaução instintiva, podem acabar cedendo e se submetendo ao domínio da mente mais agressiva, mais veloz, mais maliciosa e mais hábil.”

[Quando identificamos algo de anormal em nosso antagonista] “É preciso advertir a plateia de que estamos todos na presença de um criminoso.”

“O Brasil tem um excesso de jovens palpiteiros e uma carência fatal de homens adultos.”

“Numa sociedade subdesenvolvida, a cultura adversária torna-se rapidamente cultura oficial e seu empreendimento de auto destruição, agora legitimado pelo estado, arrasta a população inteira para a loucura e o crime.”

Erik Satie: “Nem todos os animais receberam os benefícios de uma educação humana.”

 

DE “O MÍNIMO QUE VOCÊ PRECISA SABER PARA NÃO SER UM IDIOTA”

A coexistência pacifica das instituições democráticas formais com a total supressão da concorrência ideológica que define as democracias saudáveis, eis precisamente o que caracteriza a situação brasileira atual. (1999)

Todos parecem surpresos com o estado de coisas, mas ele era mais que previsível. Desde o começo da década de noventa, quando o PT investiu  pesado na construção de uma imagem de moralidade impoluta, avisei que a chegada desse partido ao poder inauguraria uma era de corrupção que faria empalidecer os mais rubros escândalos dos governos anteriores. (2005)

Os velhos políticos corruptos limitavam-se a roubar. O PT transformou o roubo em sistema, o sistema em militância, a militância em substitutivo das leis e instituições, rebaixadas à condição de entraves temporários à construção da grande utopia. (2005)



Paulo Vogel

Neste meio, eu sou a mensagem.

AGO/25



[1] Cocoligarquia, termo que uso para referenciar a oligarquia corrupta e covarde responsável por empurrar o Brasil para o precipício, esquecendo que estão dentro do mesmo barco.

[2] Olavo faleceu em jan/2022, aos 74 anos, em sua casa na Virginia, USA.

[3] “Desavisado e Sabichão” é título de um livro que escrevi há vinte anos. A íntegra está em: www.desavisadoesabichao.blogspot.com








quarta-feira, julho 30, 2025

IMPREVISÍVEIS PREVISÕES


Estamos no final de julho de 2025, um mês que, prevejo, poderá ficar na história como marco de um tempo de incertezas, especialmente para o Brasil, este país capenga, previsto um dia vir a se levantar do “berço esplêndido”, se agigantar em suas riquezas naturais, e justificar a vaga previsão de Stefan Zweig de “país do futuro”.

Estou completando e encerrando[1] – já me adianto anunciar – 8 anos de discreta escrita militante digitrônica no espectro político rotulado de “direita”, espaço frequentado por conservadores nos costumes e, em diferentes medidas, liberais na economia.

Adquiri o hábito de começar o dia vendo mensagens de emeio, e vídeos no zap e iutube. Nestes últimos dias dediquei-me a configurar a opção “não recomendar o canal”[2] em TODOS os canais que noticiam ou comentam política. No zap, saibam todos, passei a ignorar e apagar o que me mandam sobre o tema. Nada contra ninguém, mas tudo contra o conteúdo. A contrapartida é que também deixo de lhes abarrotar a escassa memória com tais irrelevâncias!


Se estou, por um lado, em puro estado de cansaço mental por me envolver nesta nuvem ocidental[3] de completo nonsense, por outro, estou tardiamente reconhecendo e aceitando não passar de um mero palhaço sem graça (ou des/graçado) no picadeiro político, sem significância para ser obstáculo ao processo em curso de desmanche da Nação.

Este reconhecimento fundamenta meu afastamento de quaisquer falas e fatos políticos, pois “é preciso”[4] proteger um estado razoável de sanidade mental.

Quando temos na presidência, um descondenado por corrupção, invocando uma pretensa “soberania brasileira” e, simultaneamente, defender a “urgência de uma governança global”, é porque a lógica foi pro “saco”.

Quando todos os condenados por roubar milhões, digo, bilhões dos contribuintes, têm suas penas ANULADAS[5] e, em sentença inversa, é negada a anistia a cidadãs condenadas a mais de 12 anos de prisão por exercer o direito de protestar, é porque uma tropa de elite neurologicamente perturbada assumiu o phoder, com h.

Quando uma ministra, em suprema hipocrisia, diz que “a censura é proibida constitucionalmente, eticamente, moralmente, e eu diria até espiritualmente“, e, em seguida, contra sua própria sentença de que “o cala-boca já morreu”, vota, sem qualquer rubor[6], a favor de “calar a boca” de 213 milhões de brasileiros, então é porque a moralidade apodreceu, e a putaria se instalou como Lei máxima da República.

E para deixar claro aos desentendidos, se tal decisão do STF não for suficiente, o mesmo sujeito que pediu a um ditador africano para lhe ensinar o segredo de como ficar 40 anos no poder, recentemente fez um pedido especial a seu guru Xi Jinping “para lhe enviar um especialista” com a incumbência de implantar seus métodos de censura por aqui. Isso é soberania lulopetista na veia!


Há muito pouco que possamos fazer além de reservar domingos para manifestar nossa “precisão” nas orlas das praias ou nas avenidas principais de algumas capitais. E não é que juntos não sejamos uma força a ser considerada. É que o mundo contemporâneo instrumentalizou desproporcionalmente “eles” e nós. Há um abismo, como nunca antes, entre os intere$$e$, com cifrões, e as armas das cocoligarquias – corruptas e covardes - locupletadas com a oligarquia dominante no ápice da pirâmide, e nós, os cidadãos fantoches, praticantes ou não de uma inocência hipócrita, crentes de que a Era Digitrônica[7] veio para nos salvar das garras do Leviatã. Como somos convenientemente tolos e crédulos!

Os acontecimentos deste último mês, se foram mais ou menos previsíveis, deixam um pacotão de imprevisibilidades. É evidente a escalada do embate entre forças globais de dentro e de fora do phoder, com h. Nesta corrida furiosa e maluca, ultrapassagens a todo instante. Pilotos psicopaticamente agressivos passam dos limites e tentam jogar o opositor para fora, não da pista, mas do campeonato. Se é imprevisível o dia em que terminará, é previsível um vencedor, aquele único sobrevivente de todos os acidentes mortais inevitáveis. Também é imprevisível seu estado de saúde na chegada e as consequências da ressaca após se embriagar com a Champagne da vitória.

É imprevisível que possa surgir um “azarão”, como no turfe, aquele pangaré em quem ninguém aposta – feito Bolsonaro em 2018 - correndo por fora, atropelando os líderes e vencendo no foto chart? Só quem viver verá!

Tudo é previsível como ação, imprevisível como resultado, neste processo de dobra de apostas num mundo em que não se respeitam mais leis e valores morais. Não que eu esteja defendendo algum valor moral em particular, mas simplesmente apontando que não há mais qualquer valor moral. Só há um valor imoral: o do intere$$e, com cifrões, de quem, em tese, recebeu o poder para exercê-lo, sem “h”, em nome de todos os cidadãos.

Minha imprevisível previsão final é que os fatos presentes têm continuidade previsível, mas ao cabo as consequências são imprevisíveis para a civilização.

Cito, caminhando para o fechamento deste desabafo, alguns pensamentos a que atribuo alguma consistência filosófica.


De AYN RAND (1905/1982. “Moralidade é o julgamento que permite distinguir o certo do errado, é a visão que enxerga a verdade, é a coragem que age com base no que vê, é a dedicação ao que é bom, é a integridade de quem permanece no lado do bem a qualquer preço. Mas onde se encontra isso?” 


De EDMUND BURKE (1729/1897:
A conveniência é a sábia aplicação do saber geral às circunstâncias particulares. O oportunismo é a sua degradação.”


De Aristóteles (-384/-322): “Devemos
disciplinar nossos apetites para que a virtude triunfe sobre o vício.”

E, por fim, de Gertrude Himmelfarb (1922/2019): "A degradação dos valores morais está ameaçando a prosperidade das sociedades e as nossas liberdades individuais básicas. O que significa uma tentativa de normalização dos desvios de caráter.” Isto lhe soa familiar?


Reforço, enfim, meu comprometimento em não falar nem escrever sobre política, políticos, jornalistas e socinistas[8]. Emitir opiniões contra ou a favor. Isto definitivamente só me traz malefícios. E pra você?

Vou ficar com os bate-papos de Paulão e Paulinho sobre temas que considerar de mínima contribuição para “entender o que acontece em nós e à nossa volta”.

Até lá! E fique bem![9]


Paulo Vogel

Neste meio, eu sou a mensagem.

JUL/25



[1] Me é incompreensível a credulidade de gente instruída que me manda um vídeo do “Paulo Guedes” conclamando o sujeito a depositar 600 reais hoje e daqui um mês, repito, um mês, ter 90 mil reais!!! E isso só para começar!!! E ao ser alertado da fraude, responde com: “Ué, mas o Paulo Guedes não tem credibilidade!!!???”.

[2] A desgraça é que tal “opção”, assim como a de “bloquear” propagandas, não são respeitadas como esperamos que sejam.

[3] Além de sempre restringir minhas alegações ao Ocidente, o lado do mundo majoritariamente cristão e democrático em que vivo, sabemos que o oriente tem vieses diferentes e até mesmo opostos e, portanto, o que em tese vale aqui, não vale por lá.

[4] Para entender as aspas em "precisão", assista, no canal do Paulinho, ao vídeo “Poema da Precisão”.

[5] Há um risco ainda não afastado de que os anistiados venham e requerer o reembolso das quantias devolvidas aos cofres públicos por conta das condenações descondenadas.

[6] Tal "distúrbio" cognitivo da ministra, obviamente, tem por fundamento uma submissão a interesses inconfessos.

[7] Digitrônica – é o termo que criei para referenciar o pacote formado pelas tecnologias digitais e eletrônicas que dominam as relações humanas em nossos dias.

[8] Socinista é outro termo que criei para referenciar o pacote ideológico socialista/comunistas, onde o primeiro é a cama para acolher o segundo.

[9] Uso essa exclamação em tributo a meu neto, Henrique Palladino, que a manifesta sempre como expressão de seu desejo ao se despedir de quem gosta.